quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Conhecer a Colômbia Vale a Pena!

No início de agosto estive de férias na Colômbia e adorei o país. Antes de ir encontrei varias dicas em blogs e sites. Não quero que este post seja referência sobre a Colômbia mas vou dar os meus pitacos sobre algumas impressões que tive. Escreverei em formato de tópicos.

Panorama Geral

Eu achei a Colômbia um país agradável e seguro. Alguns lugares, como Cartagena e o Parque Chicamocha, são muito bonitos. Bogotá e Medellin, as maiores cidades, nos mostram um pouco da cultura do país. A Colômbia tem algumas características interessantes e que se repetem em várias cidades: muitos policiais, muitos táxis, muitos ambulantes, pessoas prestativas. Nem tudo é organizado mas fiquei com a sensação de que os colombianos estão sempre em busca de melhorar. O ônibus Transmilênio em Bogotá e o Metrô de Medelin, por exemplo, mostram alguns serviços públicos de qualidade.

Bogotá

- Bogotá tem 8 milhões de habitantes e parece ser uma cidade muito organizada e segura (muitos policiais principalmente em pontos turísticos). Umas das primeiras impressões que tive foi com relação ao trânsito, após às 17 hs tem muito carro nas ruas e trânsito lento pra todo lado (posteriormente percebi que isso se repete em todas as cidades que estive).
- Muitos táxis e ambulantes por toda parte (e isso não é só em Bogotá mas em todas as cidades). No centro é impossível você demorar mais que 30 segundos para parar um táxi. Eles têm o hábito de passar buzinando oferecendo o serviço.
- Candelária (centro). Foi onde nos hospedamos. Todos os pontos turísticos próximos e possível de fazer à pé. Legal a Plaza Bolivar, o Museu Botero (é grátis) e o Museu do Ouro.
- Catedral da Sal. Fica na cidade vizinha Zipaquirá. Uma catedral dentro de uma mina de sal, um passeio bastante interessante. Fomos de ônibus (parte com o Transmilênio que é o "Expresso" de lá e parte com um ônibus pequeno - busseta como chamam lá) e o deslocamento demora mais de uma hora mesmo sem trânsito.
- Cerro de Monserrat. Um morro com uma vista bastante interessante da cidade. Dependendo do horário você pode subir de teleférico ou funicular. Fomos de teleférico. Vale a subida, tire várias fotos.
- Impressionante como tem turistas e não turistas em toda parte, os pontos turísticos estão sempre cheios, de onde eles surgem? (o mesmo notei em Medellin).
- O ônibus Transmilênio é bom e barato. Porém um pouco confuso entender a lógica das linhas que não param em todas as estações, cada uma para em determinadas estações.
- Colombianos simpáticos e prestativos. A curiosidade é que basicamente só vi pessoas bonitas, magras e jovens em Bogotá.
- Zona Rosa. Point de Bogotá com bares e restaurantes. Local bastante agradável (lembra um pouco o bairro Batel em Curitiba).

Medellin

- Carrera 70 no Bairro Laureles. Uma das ruas mais populares da cidade, tem muitos bares e restaurantes. Muitos ambulantes também. Digamos que é um point mais popular (contrastando com a Zona Rosa de Bogotá). Bom se hospedar perto dessa rua, já que além das facilidades do comércio, não é longe de centro. Fácil de ir de metrô ou mesmo a pé.
- Metrô. Ótima opção de deslocamento, 2300 pesos (cerca de R$ 2,60), muito organizado e fácil de entender os mapas. Leva aos principais pontos turísticos e é integrado com bicicleta, Metrocable e ônibus.
- Metrocable. Integrado com o metrô e sem pagar a mais para usar. É um teleférico que foi criado para levar as pessoas aos locais de mais difícil acesso (nos morros). Passa por cima das comunas (favelas). Acaba sendo uma opção turística e a vista é incrível!
- Estádio do Atlético Nacional. Na Carrera 70, ao lado da estação do Metrô. Só abre para visitação na terça e é grátis mas eu não estava na terça em Medellin :-(.
- Plaza Botero. Fica no centro de Medellin, que é um lugar cheio e meio caótico. A praça em si é bonita e tem as belas esculturas do Botero, mas é até difícil de tirar fotos nas esculturas pela quantidade de pessoas ali (turistas, ambulantes, passantes).
- Museu Antioquia. Muita coisa do Botero nesse museu, mais legal e completo que do Museu Botero em Bogotá. Porém um pouco caro: 18.000 (R$ 20,00).
- Jardim Botânico. Estação de Metrô em frente. Havia uma exposição de flores (grande variedade) e MUITA gente. Vimos iguanas de perto e um borboletário com poucas borboletas. Lugar grande e bonito. Cobra entrada de 18.000 pesos.
- Pueblito Paisa. No topo do Morro Nutibara, tem uma réplica de um povoado de Antioquia do século XX. Mas mais legal que isso é a vista lá de cima da cidade de Medellin. Fomos no final da tarde e conseguimos ver antes e depois de escurecer. Imperdível.

Cartagena

- Ficamos na Cidade Amuralhada e com certeza foi a melhor escolha. O lugar é incrível! Casas coloridas com estilo original preservado. Clima bucólico.
- O pôr do sol visto da muralha é imperdível!
- Calor sempre, as pessoas fogem da rua próximo às 12 hs para não andar debaixo do sol (e aproveitam para tirar uma soneca).
- Muito turista e muito ambulante.
- Interessante destino para casais, o lugar tem um certo romantismo ;-)
- Não fomos ao Castelo de San Felipe e só passamos de ônibus na Praia de Bocagrande, mas tudo indica que são duas boas opções também.

El Zaíno (Parque Tayrona)

- Nos hospedamos nessa pequena cidade por ser próxima ao Parque Tayrona. Posteriormente ficou a dúvida se valeu a pena pois a única vantagem foi chegar mais rápido ao parque do que se estivesse hospedado em Santa Marta.
- Ficamos no Hostel Manígua Tayrona, com muita natureza (rio, esquilos, redes, no meio do mato). Foi nossa base para o Tayrona. Pelos horários que chegamos e saímos aproveitamos pouco, basicamente dormimos lá.
- O Parque Tayrona em si foi eleito a roubada da viagem! Ok, pode ser que criei uma expectativa muito elevada do lugar mas preciso dizer que não foi um bom custo x benefício. Caro para entrar (44.000 = R$ 50,00), precisa caminhar muito por uma trilha no meio do mato para ao final chegar numa pequena praia bonita com pedras. Legal a praia e tal mas pelo esforço eu esperava mais. Fomos até a praia Piscina, haviam outras à frente mas quanto mais você segue em frente, mais tem a percorrer na volta (é possível acampar no parque mas no caso meu passeio era de um dia apenas). A sinalização e organização do parque são horríveis. Para se ter uma ideia da péssima sinalização dentro do parque, nós nos perdemos na trilha de volta e acabamos o trajeto pela trilha exclusiva dos cavalos! O parque tem bastante natureza, com árvores e plantas diferentes, macacos, lagartixas e outros animais. Mas eu particularmente não recomendo o passeio, a não ser que você goste muito de caminhar, de praia e de natureza. Nesse caso vá para acampar.

Santa Marta

- Pouco tempo na cidade.
- Passamos na ida para El Zaíno e antes de ir para Bucaramanga, ficamos uma noite no Hotel Miami, bem localizado e barato. No centro histórico tem uma ruazinha estreita, poucas quadras, com vários bares e restaurantes. Lugar interessante e com vários turistas. Lembra o Largo da Ordem de Curitiba.

Bucaramanga (Cânion de Chicamocha)

- Outra cidade que foi a base para irmos para um objetivo (aqui o cânion).
- Ficamos 2 noites no Hotel Andino. Só andamos de táxi ou ônibus na cidade, que pareceu bonita e organizada (mais que todas as outras que vimos na Colômbia).
- Para ir ao Cânion é preciso ir de táxi até o ponto "Papa quero piña" e pegar uma busseta até o parque (cerca de 1 hora nesse ônibus).
- O Cânion vale muito a pena! Paga para entrar no Parque e paga se quiser atravessar do outro lado e voltar de teleférico. A vista das montanhas (dos dois lados) e do próprio teleférico são sensacionais.
- O Cânion é meio fora de rota (fica entre Santa Marta e Bogotá) mas se tiver a oportunidade de ir, o lugar é realmente lindo.

Comida e Bebida

Eu tinha uma lista de coisas que queria provar na Colômbia, acabei provando o que tava na lista e mais alguns itens. Talvez tenha faltado frutas diferentes, mas enfim.

- Bunuelos. Parece bolinho de chuva mas com a massa mais macia, é bem redondo. Eu gostei. Em Bogotá estava bem gorduroso, em Medellin não.
- Arepa. À base de milho. Está presente em muitos pratos mas não tem gosto de nada. Comi várias e apenas na Zona Rosa de Bogotá que encontrei uma saborosa e que lembrava pamonha.
- Almojabana. Um bolinho meio sem gosto, nem ruim nem bom.
- Lulo. A única fruta que comi (de um suco feito com pedaços do Lulo). Eu gostei bastante, lembra kiwi.
- Chá de Coca. Eu gostei, levemente amargo.
- Avena. É uma bebida que olhando parece iogurte mas o gosto lembra pudim de baunilha. Gostei.
- Patacón. Banana verde achatada frita. Comi uma vez em Bogotá e achei sem gosto, mas experimentei novamente em outras cidades e estava bem saboroso. É salgado, virei fã.
- Bandeja Paisa. Prato típico em Bogotá e Medellin. Tipo um PF com arroz, feijão (que é maior que o brasileiro e com um tempero delicioso), banana frita (diferente da nossa), torresmo, ovo frito, carne moída, arepa e abacate. Eu adorei isso, principalmente a banana e o feijão.
- Ajiaco. É uma sopa bem saborosa. Em separado vem milho verde e abacate. Muito bom.
- Picado. Composto de carnes, banana e linguiça em pedaços + batata assada e abacate. Gostei.
- Formiga Culona. Curioso é ver os ambulantes aparecerem de repente vendendo as formigas torradas em saquinhos. Dizem ser afrodisíaco, tenho dúvidas. Mas eu comi e gostei, lembra amendoim torrado.
- Abacate e Arepa parecem ser itens obrigatórios na maioria dos pratos colombianos.
- Prato de Santander. No Parque Chicamocha comemos um prato que era um mix das especialidades de Santander. De entrada uma sopa com coentro e várias outras coisas, boa. Arroz com miúdos de cabra (acho que era isso), gosto forte. Carne de boi, de cabra, de frango e mandioca. Eu tive a impressão que faltou um pouco de capricho na hora de preparar as carnes. Ainda assim gostei da carne de cabra.
- Milo. O Milo é como se fosse o "Nescau" da Colômbia, feito para tomar com leite. Resolvemos experimentar o Milo gelado numa sorveteria no Parque Chicamocha. E não é que o produto é delicioso? Achei que lembrou milk shake de chocolate mas com um sabor diferente e especial.

Ônibus intermunicipais

- Se programe com folga, pois demoram mais que o previsto.
- Mesmo os turísticos/contratados são enrolados.
- A van que nos levou de Cartagena à Santa Marta fez várias paradas para pegar pessoas em vários hotéis e em vários locais para desembarcar pessoas. A viagem prevista para 3,5 horas demorou 5.
- Ônibus de Santa Marta a Bucaramanga. Grande, confortável, ar muito gelado. Tempo previsto de 10 horas mas durou 12. Muitas paradas demoradas.
- Ônibus de Bucaramanga a Bogotá. Menor e menos confortável que o anterior. Viagem de 10 horas durou quase 12. Muitas paradas demoradas.

Hotéis

- Inter Bogotá em Bogotá. Preço bom, localização boa no centro, limpo e organizado.
- Kitnet da Yessica em Medellin. Barato (Airbnb), ótima localização, próximo à Carrera 70, limpo e organizado.
- Hotel Santa Cruz em Cartagena. Ótima localização, café da manhã bom, quarto pequeno mas limpo.
- Hostel Manígua Tayrona em El Zaíno. Muita natureza, perto do parque Tayrona, alguns quartos melhores que outros.
- Hotel Miami em Santa Marta. Bem localizado, barato, quarto grande, limpo.
- Hotel Andino em Bucaramanga. Bem localizado, preço bom, limpo e organizado.

domingo, 23 de abril de 2017

Um dia na Colônia Witmarsum

Já há algum tempo pretendia visitar a Colônia Witmarsum. Há cerca de 65 km de Curitiba, na cidade de Palmeira, se enquadra na categoria de passeios interessantes e próximos à Curitiba. No último sábado, finalmente consegui conhecer o local.

A ideia aqui não é falar de todos os atrativos da colônia, até porque existem informações bem completas em alguns sites, até indico o Blog Matraqueando que foi minha principal referência para planejamento do passeio. Mas vou dar meu depoimento sobre os locais que pude conhecer, assim creio que fica como mais uma opinião a respeito.

Para esta empreitada, tive a companhia da amiga Rosi, que topou compartilhar essa experiência comigo. Saímos de Curitiba um pouco depois das 9 hs. A estrada está em ótimas condições em todo o percurso. Há um pedágio que custa R$ 7,90. Um pouco antes da entrada para Witmarsum está o Recanto dos Papagaios, que aproveitamos e paramos para conhecer.

O Recanto dos Papagaios é um recanto/parque público e gratuito. Tem uma boa estrutura, contando com várias churrasqueira (com mesas e bancos) e uma piscina artificial com água do Rio dos Papagaios. Imagino que em dias de calor fique cheio. Naquele dia estava frio e era cedo, havia poucas pessoas. Mas foi bom, pois pudemos tirar boas fotos. O recanto é realmente muito bonito!

Ah! Já ia me esquecendo, mas entre as várias placas educativas no Recanto, uma chamou a atenção. Ao lado da piscina: “Proibido jogar pessoas na piscina”! Hein!? Acho que não quero saber o que motivou a administração do recanto a escrever essa placa, mas que é engraçado, é.

Seguindo em frente, chegamos à simpática Witmarsum. Na estrada de acesso tem um trecho em que as árvores ficam bem perto da rodovia, formando quase um “túnel” de árvores. Parece cena de filme. Paramos no Mercado Central e fomos direto à Feira do Produtor, ali encontramos bolos, tortas, geleias, bolachas e várias outras coisas que o pessoal produz artesanalmente. Aliás, os “feirantes” são bem simpáticos e nos contaram alguns detalhes da produção dos alimentos e da vida na Colônia.

Depois fomos ao Mercado Central. Foi engraçado porque esperávamos algo do tipo “Mercado Municipal de Curitiba”, mas ao passar a porta de entrada nos deparamos com um mercado com cara de “Condor” mesmo. Quase aproveitei para fazer as compras lá pra casa 😐

Do outro lado da rua tem um Centro de Informações Turísticas, onde recebemos algumas dicas de locais para ir, e o Museu de História. Como o museu estava prestes a fechar para o almoço, passamos a explorar os restaurantes. Começamos com o Sabores da Colônia, que é bem perto dali, apesar de ter alguns pratos salgados, a especialidade do local é o Café Colonial mesmo, então pegamos o carro e fomos em frente.

Passada rápida no Frutilhas Lowen que pareceu ter menos opções “alemãs”. Mas decidimos almoçar no Bierwit, este sim com o cardápio quase todo com comida alemã. Pedimos o prato da casa, que serve duas pessoas (eu acho que daria tranquilamente para 3) e que tem um pouco de cada prato: Eisebein, Bratwurst e outros. Repetindo o que já li e ouvi de outras pessoas, também afirmo que foi o melhor Eisebein que eu já comi, delicioso! Esse prato para duas pessoas custou R$ 93,90. O restaurante que estava cheio, principalmente por motoqueiros, cobra 10% de taxa de serviço. Local agradável e atendimento ótimo.

O passeio de trator não estava acontecendo quando estivemos lá, uma pena. Fomos então à Pousada Campos Gerais, que além da pousada oferece café colonial e passeio à cavalo (R$ 25,00 por pessoa). O lugar é bem bonito, para chegar é necessário percorrer uma estrada de chão de aproximadamente 4 km.

Em seguida fomos ao Museu de História, confesso que criei a expectativa de ouvir o tal historiador Heinz Philippsen mas ele não estava lá. Um carinha até respondeu algumas perguntas históricas, mas... De qualquer forma, vimos alguns itens interessantes e que remetem ao inicio da colonização de Witmarsum. Eu gostei bastante do “segundo andar” do museu, que é na verdade uma casa de madeira muito bem construída.

Passamos na Toll, que é uma loja de artesanato. Muitos itens importados da Alemanha e realmente interessantes como relógios cucos e bonecos “porta incenso”. Os produtos parecem ser de alta qualidade e os preços eu achei caros. Um boneco “porta incenso” custa R$ 120,00 aproximadamente.

Atravessando a rua, entramos na Confeitaria Kliewer. Pela quantidade de pessoas que havia no local, deve ser a melhor da colônia. Mas como nossa ideia era apenas comer uma ou duas fatias de torta, desistimos de esperar na fila e fomos ao Sabores da Colonia. Lá estava mais tranquilo. Eu comi algumas tortas, entre elas a torta alemã, que estava boa mas menos que minha expectativa.

Depois voltamos para Curitiba. Um passeio de um dia, feito com bastante tranquilidade. E acabou criando a expectativa de fazer outros passeios semelhantes, como Carambeí, Parque Guartelá e outros.