sábado, 3 de novembro de 2012

Impressão de Belo Horizonte

Nos dias 17, 18 e 19/10 estive trabalhando em Belo Horizonte. Foram menos de 48 horas na cidade, mas pude observar algumas coisas na minha primeira visita a Minas Gerais e vou ousar escrever sobre.

Na chegada à cidade, por volta das 19 horas, comecei a perceber algumas coisas que vale a pena citar. A primeira é que o Aeroporto de Confins é bem longe do centro da cidade, eu já havia sido alertado sobre isso e fui do aeroporto até a rodoviária com um ônibus que custa cerca de R$ 9,00. Se fosse de taxi dizem que gastaria uns R$ 90,00. O trajeto de ônibus dura uns 50 minutos.

Uma vez dentro do ônibus, cujo motorista era meio doidão e acelerava um monte, notei que BH tem muitos viadutos, depois conversando com colegas da cidade me disseram que são antigos e que atualmente são um problema porque em algum ponto esses viadutos diminuem a quantidade de pista e isso gera um "gargalo" no trânsito. De qualquer forma eu achei o trânsito bom.

Cheguei na rodoviária e dali estava nos planos eu ir caminhando até o Hotel Ibis. Eu tinha dois mapas, um do google que havia impresso em Curitiba e um turístico que peguei no aeroporto. A distância era de umas 9 quadras e eu achei uma boa oportunidade de já ir me familiarizando com o local. Aqui entra algo que já citei no Facebook, é complicado o formato das ruas no centro da cidade, porque são ruas principais em forma de losango e ruas secundárias em forma de quadrado e no encontro das principais com as secundárias você tem sempre 3 opções a seguir, o que causa uma confusão para quem não está acostumado.

Já na saída da rodoviária errei a rua que tinha que pegar (Rua Curitiba, por ironia do destino), haviam poucas placas de rua ali perto e comecei a andar no sentido errado. Devo dizer (e depois moradores de BH confirmaram) que perto da rodoviária é um lugar meio tenso, senão vejamos: haviam várias lojas mais populares por ali, as pessoas na rua tinham cara meio suspeitas e eu com a mochila nas costas cuidando para não ser assaltado.

Haviam algumas garotas de programa na rua, e isso era bem cedo, umas 20 horas. Eu percebi que estava na rua errada e voltei, entrei em outra rua e ali tive certeza que o lugar era doido, entre várias lojas tinha uma "boate" e com uma faixa escrito "Strip Tease ao vivo". O lugar estava em pleno funcionamento, com música e tudo. Eu não entrei, até porque devo confessar que estava cada vez mais preocupado em dar bandeira de ser um turista perdido.

Voltei para perto da rodoviária, numa das esquinas onde tem 3 ruas para escolher e olhando de novo o mapa, percebi que a primeira escolha tinha sido errada, e achei a tal Rua Curitiba. A medida que ia me afastando da rodoviária as coisas iam mudando para melhor. Lugares mais limpos, pessoas menos suspeitas e uma cara de uma cidade bem organizada.

De fato, perto do hotel e à noite não tem nada turístico para se ver. Belo Horizonte é a cidade que tem mais botecos por habitante no Brasil, mas optei por não ir sozinho nesses botecos, uns parecendo mais sofisticados, outros nem tanto.

Acabei indo em dois shoppings (programa de índio, eu sei, mas eram os lugares melhores para jantar), o Diamond e o Cidade. O primeiro bem burguês, o segundo mais popular. Também usei o transporte coletivo da cidade para ir trabalhar, é meio confusa a lógica dos ônibus, pois existem vários ônibus com numeração aproximada que fazem caminhos parecidos, normalmente mudando só o final do trajeto. Em BH as pessoas usam mais o número do que o nome do ônibus, aparentemente o nome não quer dizer grande coisa. Também foi difícil achar o ponto do ônibus, parece que as pessoas só sabem do ônibus que usam, e em cada ponto de ônibus do centro para um número limitado de ônibus. Uma vez no ponto certo, há a vantagem de ter vários ônibus que vão para o mesmo lado, então normalmente pode-se pegar mais de um para ir pro mesmo lugar.

Pra terminar vou falar que achei um barato o sotaque de alguns dos mineiros com quem conversei, comi pão de queijo no hotel e estava muito bom, passei rapidamente no Mercado Central e na Praça da Estação. Pensei que este post seria curtinho e ficou grande, acho que me empolguei ;-).